quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

2º Ano - Sujeito

Inicialmente, precisamos fazer uma reparação: não mais veremos o Sujeito como "aquele que pratica uma ação", pois, como vimos, existem muitos casos em que tal definição não se encaixa, como em:

João morreu.

Aqui, vemos que, ainda que o termo João seja intuitivamente colocado como Sujeito, definitivamente não pratica qualquer ação (a não ser que tenha se matado).
O erro está em não se atentar para a noção de que a definição de Sujeito é estritamente gramatical: ele é aquele que rege o verbo.
Vejamos o que segue:

O menino pegou o doce.

Caso coloquemos o objeto "doce" no plural, não veremos qualquer alteração no verbo:

O menino pegou os doces.

Entretanto, se mexermos no termo "menino", pluralizando-o, temos que obrigatoriamente pluralizar também o verbo:

Os meninos pegaram os doces.

Assim, vemos que o chamado Sujeito não é obrigatoriamente um praticante de ação, mas sim o termo que determina a forma verbal.


Tipos de Sujeito

Simples - É aquele formado por um único núcleo.

Os alunos são fofinhos.

Importante: Não confundir núcleo com quantidade de palavras! O sujeito simples pode ser formado por mais de uma palavra (os alunos), mas por apenas um núcleo (alunos).
Também não confunda com singular e plural! O núcleo pode designar vários seres e assim mesmo ser um Sujeito Simples (As meninas chegaram cedo)

Composto - É formado por mais de um núcleo.Negrito

Os alunos e as alunas são fofinhos.

Oculto ou Elíptico - É aquele que pode ser determinado, mas não está explícito na oração.

(Eu) Sou um fofinho.

Ora, o verbo "sou" pede, obrigatoriamente, a primeira pessoa do singular, portanto o sujeito será o termo "eu".

Indeterminado - Em nossa língua, o uso da terceira pessoa do plural sem sujeito declarado transmite a ideia de indeterminação:

Quebraram o vaso.

Como se vê, percebe-se que alguém quebrou (logo, temos Sujeito), mas não se pode determinar quem. Dessa maneira, classificamos o Sujeito como Indeterminado.

Inexistente - Ocorre quando utilizamos verbos que não exigem um Sujeito - verbos que designam fenômenos naturais:

Choveu ontem.

Mas cuidado!! Caso o ocorrido seja declarado, teremos sujeito:

Choveu canivete!

Na frase, se colocarmos o termo "canivete" no plural, teremos que pluralizar também o verbo:

Choveram canivetes!

Portanto, temos um Sujeito Simples (canivete).

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