Inicialmente, precisamos fazer uma reparação: não mais veremos o Sujeito como "aquele que pratica uma ação", pois, como vimos, existem muitos casos em que tal definição não se encaixa, como em:
João morreu.
Aqui, vemos que, ainda que o termo João seja intuitivamente colocado como Sujeito, definitivamente não pratica qualquer ação (a não ser que tenha se matado).
O erro está em não se atentar para a noção de que a definição de Sujeito é estritamente gramatical: ele é aquele que rege o verbo.
Vejamos o que segue:
O menino pegou o doce.
Caso coloquemos o objeto "doce" no plural, não veremos qualquer alteração no verbo:
O menino pegou os doces.
Entretanto, se mexermos no termo "menino", pluralizando-o, temos que obrigatoriamente pluralizar também o verbo:
Os meninos pegaram os doces.
Assim, vemos que o chamado Sujeito não é obrigatoriamente um praticante de ação, mas sim o termo que determina a forma verbal.
Tipos de Sujeito
Simples - É aquele formado por um único núcleo.
Os alunos são fofinhos.
Importante: Não confundir núcleo com quantidade de palavras! O sujeito simples pode ser formado por mais de uma palavra (os alunos), mas por apenas um núcleo (alunos).
Também não confunda com singular e plural! O núcleo pode designar vários seres e assim mesmo ser um Sujeito Simples (As meninas chegaram cedo)
Composto - É formado por mais de um núcleo.
Os alunos e as alunas são fofinhos.
Oculto ou Elíptico - É aquele que pode ser determinado, mas não está explícito na oração.
(Eu) Sou um fofinho.
Ora, o verbo "sou" pede, obrigatoriamente, a primeira pessoa do singular, portanto o sujeito será o termo "eu".
Indeterminado - Em nossa língua, o uso da terceira pessoa do plural sem sujeito declarado transmite a ideia de indeterminação:
Quebraram o vaso.
Como se vê, percebe-se que alguém quebrou (logo, temos Sujeito), mas não se pode determinar quem. Dessa maneira, classificamos o Sujeito como Indeterminado.
Inexistente - Ocorre quando utilizamos verbos que não exigem um Sujeito - verbos que designam fenômenos naturais:
Choveu ontem.
Mas cuidado!! Caso o ocorrido seja declarado, teremos sujeito:
Choveu canivete!
Na frase, se colocarmos o termo "canivete" no plural, teremos que pluralizar também o verbo:
Choveram canivetes!
Portanto, temos um Sujeito Simples (canivete).
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
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