quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

9º Ano - Revisão sobre Objeto

Identifique os verbos e classifique seus respectivos objetos:

1- "Nós merecemos a morte
porque somos humanos
e a guerra é feita por nossas mãos" - Cecília Meireles

2- O caçador o tigre matou.

3- Você já se olhou no espelho?

4- Camões compôs famosos sonetos.

5- O novo carro agradaria a todos.

6- Ele me vendeu o carro hoje pela manhã.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

8º Ano - Pronomes

Primeiro, vimos que "pronome" significa algo como "no lugar de um nome". Então, podemos dizer que são palavras usadas para substituir os nomes (substantivos), para, entre outras coisas, evitar a repetição de palavras:

Ricardo é meuNegrito amigo. Ricardo é muito legal. --- Para evitarmos esse tipo de construção, simplesmente trocamos o termo "Ricardo" da segunda frase pelo pronome "ele".

Ricardo é meu amigo. Ele é muito legal.

Dizemos que o pronome "ele" foi usado para manter a coesão, isto é, a ligação entre as informações de um texto.

2º Ano - Sujeito

Inicialmente, precisamos fazer uma reparação: não mais veremos o Sujeito como "aquele que pratica uma ação", pois, como vimos, existem muitos casos em que tal definição não se encaixa, como em:

João morreu.

Aqui, vemos que, ainda que o termo João seja intuitivamente colocado como Sujeito, definitivamente não pratica qualquer ação (a não ser que tenha se matado).
O erro está em não se atentar para a noção de que a definição de Sujeito é estritamente gramatical: ele é aquele que rege o verbo.
Vejamos o que segue:

O menino pegou o doce.

Caso coloquemos o objeto "doce" no plural, não veremos qualquer alteração no verbo:

O menino pegou os doces.

Entretanto, se mexermos no termo "menino", pluralizando-o, temos que obrigatoriamente pluralizar também o verbo:

Os meninos pegaram os doces.

Assim, vemos que o chamado Sujeito não é obrigatoriamente um praticante de ação, mas sim o termo que determina a forma verbal.


Tipos de Sujeito

Simples - É aquele formado por um único núcleo.

Os alunos são fofinhos.

Importante: Não confundir núcleo com quantidade de palavras! O sujeito simples pode ser formado por mais de uma palavra (os alunos), mas por apenas um núcleo (alunos).
Também não confunda com singular e plural! O núcleo pode designar vários seres e assim mesmo ser um Sujeito Simples (As meninas chegaram cedo)

Composto - É formado por mais de um núcleo.Negrito

Os alunos e as alunas são fofinhos.

Oculto ou Elíptico - É aquele que pode ser determinado, mas não está explícito na oração.

(Eu) Sou um fofinho.

Ora, o verbo "sou" pede, obrigatoriamente, a primeira pessoa do singular, portanto o sujeito será o termo "eu".

Indeterminado - Em nossa língua, o uso da terceira pessoa do plural sem sujeito declarado transmite a ideia de indeterminação:

Quebraram o vaso.

Como se vê, percebe-se que alguém quebrou (logo, temos Sujeito), mas não se pode determinar quem. Dessa maneira, classificamos o Sujeito como Indeterminado.

Inexistente - Ocorre quando utilizamos verbos que não exigem um Sujeito - verbos que designam fenômenos naturais:

Choveu ontem.

Mas cuidado!! Caso o ocorrido seja declarado, teremos sujeito:

Choveu canivete!

Na frase, se colocarmos o termo "canivete" no plural, teremos que pluralizar também o verbo:

Choveram canivetes!

Portanto, temos um Sujeito Simples (canivete).

3º Ano - Tema para redação

A Novidade - Letra de Gilberto Gil e música de Os Paralamas do Sucesso


A novidade veio dar à praia
na qualidade rara de sereia
metade o busto de uma deusa maia,
metade um grande rabo de baleia

A novidade era o máximo
do paradoxo estendido na areia
alguns a desejar seus beijos de deusa,
outros a desejar seu rabo pra ceia

Oh, mundo tão desigual!
Tudo é tão desigual!
De um lado esse carnaval,
do outro a fome total!

E a novidade que seria o sonho
o milagre risonho da sereia
virava um pesadelo tão medonho
ali naquela praia, ali na areia

A novidade era a guerra
entre o feliz poeta e o esfomeado,
estraçalhando uma sereia bonita,
despedaçando o sonho pra cada lado

Oh, mundo tão desigual!
Tudo é tão desigual!
De um lado esse carnaval,
do outro a fome total!



Para ver e ouvir www.youtube.com/watch?v=F9NNawUy7Do

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

2º Ano - Tipos de Comentário

Primeiramente, precisamos reformular nosso conceito acerca do que é um texto.
De um modo geral, tínhamos a noção de que ele apenas se refere à modalidade escrita, o que é um equívoco. Texto é, para nós, alunos do Ensino Médio, toda e qualquer troca de informação. Assim, sempre que algo é transimido com sucesso, temos um texto (em sua forma verbal escrita ou oral, através de figuras, símbolos etc).

No que se refere ao texto escrito, vemos três tipos básicos:

- A narração - Entendida como o encadeamento de fatos (reais imaginários). É, de forma simples, contar uma história.

- A descrição - É o retratamento de algo, alguém ou alguma situação, promovendo detalhes do objeto descrito.

- A dissertação - Trata-se da adoção e defesa de um ponto de vista acerca de um determinado assunto, visando o convencimento do leitor.

Em dissertação, o ponto de vista é defendido através dos chamados comentários, que são maneiras distintas de argumentar.

Comentário por tradução - A saída de jovens talentos para o exterior ocorre cada vez mais cedo em nosso futebol, ou seja, ou os clubes oferecem melhores condições aos atletas da base, ou teremos campeonatos cada vez mais fracos.

Comentário por contraste - Tanto em clubes do Rio quanto de São Paulo a saída de jogadores ocorre cada vez mais cedo, mas o primeiro oferece menos estrutura que o segundo, perdendo mais jogadores.

Comentário pela causa - A saída de jovens talentos para o exterior ocorre cada vez mais cedo em nosso futebol por causa da falta de inventimento dos clubes.

Comentário pela consequência - A saída de jovens talentos para o exterior faz com que nossos campeonatos fiquem cada vez mais fracos.

Comentário pela finalidade - A saída de jovens talentos para o exterior ocorre cada vez mais cedo em nosso futebol em função do interesse financeiro que norteia as decisões tomadas pelos clubes brasileiros.

Comentário pela condição - Só deixaremos de perder nossos jovens talentos se os clubes investirem na base.

Comentário por analogia - A saída de jogadores de nosso país se assemelha ao movimento das aves migratórias: nos deixam ainda jovens e só retornam no fim de sua jornada.

Comentário por concessão - Embora os clubes invistam na base, nossos jogadores saem do país cada vez mais cedo.

1º Ano - Seleção e Combinação de Palavras

Como vimos, a língua funciona como um recorte do pensamento, portanto o que expressamos linguísticamente busca apenas se aproximar do que pensamos, não sendo, assim, uma tradução exata.

Para nos expressarmos verbalmente, passamos por dois processos:

Seleção lexical - Nada mais é do que o processo de escolha das palavras que utilizaremos. Leva em conta três pontos:

- A precisão do conceito - É a escolha do termo que melhor traduz a ideia que se quer transmitir, como a língua busca se aproximar do pensamento, aqui se seleciona a palavra mais apropriada para o conceito que queremos.

- Valor social - Falar corretamente não significa necessariamente obedecer regras gramaticais, mas adaptar seu vocabulário ao público com quem se fala. Ora, um palestrante que falará sobre doenças sexualmente transmissíveis para alunos do ensino médio não utilizará o mesmo vocabulário quando tratar com alunos de uma faculdade de Medicina. Em outras palavras, escolhemos palavras distintas em situações distintas.

- Sonoridade - Muitas vezes temos que nos preocupar com os termos escolhidos para não gerarmos sons desagradáveis ou indecorosos, que trarão desprestígio ao sentido do que falamos.


Combinação das palavras

Não basta escolher os termos que serão utilizados, é preciso combiná-los de forma a produzir sentido, flexionando os termos de acordo com a necessidade (tempo e número, por exemplo). A combinação adequada de palavras nos permite evitar a ambiguidade, produzindo, dessa forma, um texto mais claro.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Poesia Lírica - 9º Ano

Uma poesia trabalha sempre com três dimensões:

Conceitual - Nela está aquilo que a poesia quer dizer, o sentido propriamente dito do poema - ou, o que é mais comum, os sentidos do poema. As demais dimensões funcionam como auxiliadoras da dimensão conceitual.

Sonora - Aqui se encontra tudo aquilo que se refere ao campo dos sons: o ritmo, a rima, a métria, a musicalidade. Tudo isso ajuda na construção da dimensão conceitual.
Como exemplo, vejamos um excerto da música "Relógio baião", de Luiz Gonzaga:

"O tic tac do relégio
que do norte vem
é cadência bem marcada
que o baião tem"

Como podemos ver, a letra, que diz que o som do baião lembra o som do relógio, é ajudada pelo próprio ritmo do poema, que imita justamente um "tic tac". Então, tanto conceito quanto som estão fazendo sentido.

Das Imagens - Aqui se encontra tudo aquilo que pode ser "visualizado" em um poema, quer dizer, as imagens que o poema produz em nossa mente quando executamos sua leitura.
Vejamos um excerto da música "Shimbalaiê", de Maria Gadú:

"Pensamento tão livre quanto o céu
imagino um barco de papel
indo embora pra não mais voltar
tendo como guia Iemanjá"

Claramente, ao lermos ou ouvirmos a letra nos surge a imagem de um barco de papel navegando: aí está a dimensão das imagens!


Nas aulas, já vimos alguns dos recursos utilizados em poesia. São eles:

Paralelismo - É a repetição de um ou mais versos ao longo de um poema. Não confudir com refrão, que é a repetição de uma determinada estrofe ao fim de cada estrofe do poema.
Temos um exemplo de paralelismo na canção "Beleza pura", de Caetano Veloso:

"Não me amarra dinheiro não
Mas formosura
Dinheiro não
A pele escura
Dinheiro não
A carne dura
Dinheiro não"

O verso "dinheiro não" é repetido, temos, assim, um caso de paralelismo.

Metáfora - A palavra vem do grego e significa "mudança de sentido", isto é, trata-se da transformação de um sentido próprio em figurado. Em outras palavras, é uma comparação - mas sem a utilização da palavra "como" - entre dois termos que normalmente não são equivalentes, , com um deles emprestando sentido ao outro.
Temos como exemplo a frase do poeta Fernando Pessoa:

Meu coração é um balde despejado.

Há aqui a comparação entre o coração do eu-lírico com um balde despejado, mas sem o uso do termo "como"; além disso, o termo coração passa a possuir características de um balde despejado, ou seja, algo que já esteve cheio, mas que agora é vazio.

Oximoro - É o casamento de pensamentos opostos numa só expressão; seu resultado é o paradoxo, que é um conceito que contraria a lógica e o senso comum.
Como exemplo temos a famosa frase do personagem Chaves:

Foi sem querer querendo.

Ora, é impossível fazer algo sem querer e ao mesmo tempo querendo fazer.


Curiosidade:

Você sabe a diferença entre poema e poesia?

A poesia é o conjunto de todos os poemas de um livro ou de um autor (A poesia de Carlos Drummond de Andrade, ou seja, a obra dele); já o poema é apenas a unidade (O poema "Mãos dadas" é de Carlos Drummond de Andrade).

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Poesia lírica – 8º Ano

A poesia é dividida em três grandes gêneros:

- Épica – Nela se dá a narração de um passado heroico (real ou imaginário), seja de um povo ou de um único personagem: seus grandes feitos são contados, com a finalidade de empregar a esse povo/ personagem muito valor.

Como exemplo, podemos citar a Ilíada, que conta a história da Guerra de Tróia.


- Dramática – Aqui também existe a narração, mas a história se conta através da encenação teatral. Em algumas peças, o texto é todo feito em versos, como “Romeu e Julieta” e “Sonhos de uma Noite de Verão”, de Shakespeare.

É importante não confundir “drama” com sentimentalismo, visto que a palavra está aqui sendo empregada com o sentido de “representação”.

- Lírica – É a poesia que coloca o “eu” evidência. Nela se apresentam os sentimentos, vontades, opiniões e sensações da primeira pessoa.

Lembre-se de que a poesia lírica não contempla apenas poesias de amor, mas aquelas que demonstrem qualquer sentimento do “eu”.

Outro ponto importante é não confundir o autor do poema com o eu – lírico. O primeiro é aquele que escreveu o poema, já o segundo é a voz do próprio poema, que não precisa sequer ser do mesmo sexo que o autor. Ora, um autor pode muito bem escrever um poema como se fosse outra pessoa, portanto autor e eu – lírico são bem diferentes.